EMEI MONTEIRO LOBATO

O Maternal II E embarcou em uma aventura para desvendar os segredos do trânsito. A exploração começou com um passeio pelos arredores da escola, onde as crianças observaram atentamente o movimento de veículos e pessoas. Nesse contexto, elas criaram narrativas, atribuíram papéis aos veículos e construíram cenários, expandindo seus mundos simbólicos.
"Olhem, um carro vermelho! E uma moto! Onde será que eles vão?", indagou a professora, estimulando a curiosidade. Durante a caminhada, notaram faixas de pedestres, placas de trânsito e os diferentes sons da rua. Cada observação se tornou um ponto de partida para conversas espontâneas sobre a importância de andar de mãos dadas com um adulto, esperar o sinal abrir, não correr na rua e respeitar as regras do caminho, mesmo de motoca ou bicicleta.
De volta ao espaço próximo à sala, a brincadeira tomou outro tom. Cada criança escolheu seu carrinho e o fez deslizar pelas vias imaginárias, criando histórias. "Meu carro está indo para a casa da vovó!", disse uma. "O meu é um de corrida, corre rápido!", explicou outra.
As interações foram o ponto principal: "Cuidado! Sinal vermelho!", alertou um colega, enquanto outro desviava seu carro para dar passagem a um "caminhão de bombeiros" em alta velocidade (com sons de sirene feitos pelas próprias crianças!). A professora Thayse, atuando como parceira mais experiente, lançou perguntas que sofisticaram a brincadeira: "O que acontece se os carros não respeitam o sinal?", "Para onde este caminhão está levando as coisas?", "Como podemos fazer para todos brincarem juntos na pista?".
Essa brincadeira também promoveu a exploração corporal para mover o carro, seja engatinhando lentamente para encaixá-lo na pista ou movimentando-se em pé para auxiliar o carro a passar pelo corredor de giz. Dessa forma lúdica, as crianças assimilaram as regras básicas de trânsito e a função dos diferentes veículos e sinais, desenvolvendo a consciência sobre a segurança e o convívio em sociedade.
Ao negociarem espaços na pista, esperarem a vez, compartilharem os carrinhos e resolverem pequenos "conflitos de trânsito", as crianças aprenderam a colaborar, a respeitar o outro e a expressar suas ideias e sentimentos. A brincadeira com os pares é um poderoso laboratório para o desenvolvimento da empatia e da capacidade de se colocar no lugar do outro.
Essa vivência com os carrinhos e o trânsito é um exemplo claro de como a brincadeira e as interações são as eixos estruturantes na educação infantil, permitindo assim, que às crianças explorar, experimentar, criar e construir conhecimentos de forma significativa e prazerosa, preparando-as para os desafios do entorno.

 

Durante a "Semana do Brincar", com o tema "Proteger o Encantamento das Infâncias", nossas turmas vivenciaram um lindo resgate das brincadeiras de roda. A convite do Infantil I, a brincadeira escolhida foi "andar a cavalo". Compartilhamos com cada turma uma "rédea" (um cordão) para que todos pudessem entrar na roda.
Embalados pelo som da música "A Trote, a Galope, a Passo", da Kitty Driemeyer, as crianças se expressaram livremente por meio do movimento, simulando um divertido passeio a cavalo. O ritmo da música se ajustava ao andamento natural do cavalo, indo do passo ao trote e, por vezes, ao galope. Essa experiência musical se tornou ainda mais divertida e imersiva, fortalecendo os vínculos afetivos e preservando as brincadeiras culturais populares tão importantes na educação infantil.
 

A contação de histórias na Educação Infantil é um momento mágico, que abre possibilidades para diversas descobertas e amplia o faz de conta. Nesta proposta, o Maternal II teve um momento de deleite, com um ambiente organizado e propício para se banhar no universo lúdico, ampliando o gosto e o interesse genuíno pela leitura.
A cabana de histórias se tornou um verdadeiro portal de conexão emocional, um espaço super promissor para fortalecer a linguagem e ampliar a aprendizagem. Com livros, fantoches e a contação mediada pelas professoras, a cada página virada e a cada voz interpretada, a história foi um convite direto para as crianças explorarem novos mundos. Nestas propostas, as crianças estão, de fato, produzindo os bens materiais e simbólicos da cultura escrita.
Ler e ouvir histórias é, acima de tudo, tanto reencontrar o que já se conhece quanto fazer novas descobertas. Pode ser uma palavra, uma frase ou uma história que sempre vai provocar sentimentos — seja riso, suspense, choro, alegria, medo ou até mesmo a pura fruição estética. Por isso, a leitura na educação infantil é tão necessária e urgente!
Confira as imagens deste momento tão especial!